sábado, 5 de maio de 2012

INTRODUÇÃO A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO Este é o primeiro dos quatro módulos que compõem o curso Tecnologia da Informação e Comunicação. Ele trata dos Sistemas de Informação nas organizações. Aqui serão abordados os conceitos de sistemas, dados, informação e conhecimento e sua evolução nos últimos anos. Veja no quadro à esquerda o conteúdo completo deste Módulo que está divido em três aulas. Vamos aos estudos? A Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) a cada dia está mais presente na vida cotidiana das pessoas e nos processos produtivos das organizações. Muitas vezes usamos a tecnologia para facilitar nossas atividades sem ao menos perceber que ela existe. Por exemplo, você já imaginou a quantidade de tecnologia empregada nos celulares? Normalmente nós os utilizamos sem parar para pensar nisso. A tecnologia empregada na evolução dos computadores também merece uma atenção especial. Até o início dos anos 80 utilizava-se a palavra computador para designar todas as atividades relacionadas ao processamento de dados e informações. Entretanto, com o rápido desenvolvimento tecnológico e massificação da informática, o termo Tecnologia da Informação e Comunicação passou a caracterizar o conjunto de tecnologias representadas por produtos dehardware, software, rede e metodologias de trabalho aplicadas ao gerenciamento da informação. Por um longo tempo o papel dos Sistemas de Informações nas organizações era disponibilizar dados baseados em processos repetitivos e predefinidos. Com a evolução da Tecnologia da Informação, os Sistemas de Informação deixam de ser meros coadjuvantes do processo organizacional para atuar em um papel central na estratégia das organizações. Considerando a abordagem dos Sistemas de Informação, a empresa passa a ser considerada um sistema composto por vários subsistemas, tais como: planejamento e controle de produto (PCP), qualidade e produtividade, custos, manutenção, faturamento, fluxo de caixa, recursos humanos, orçamento, estoque, compras entre outros. Você sabe o que são sistemas? Churchman (1971) define sistema como um conjunto ou combinação de coisas ligadas ou interdependentes, e que interagem de modo a formar uma unidade complexa; um todo composto de partes de uma forma organizada, segundo um esquema ou plano. Já Chiavenato (2000, p. 46) apresenta sistema como "qualquer conjunto de partes unidas entre si pode ser considerado um sistema, desde que a relação entre as partes e o comportamento do todo seja foco de atenção". Lesca (1996) define Sistema de Informação como o conjunto interdependente das pessoas, da estrutura organizacional, das tecnologias de informação, dos procedimentos e métodos que disponibilizam, em tempo hábil, às organizações as informações necessárias para o seu funcionamento atual e para a sua evolução. Considerando as definições apresentadas, Sistema de Informação pode ser considerado um conjunto de máquinas, pessoas, métodos e dados que trabalham de maneira organizada e relacionadas entre si com um objetivo a ser alcançado. Os horizontes da informática são muito amplos. Informação e comunicação formam o binômio de maior poder na sociedade moderna. O papel dos Sistemas de Informações nas organizações transformou-se com o passar do tempo. Na década de 50 os sistemas tinham um aspecto meramente técnico, eram Sistemas Contábeis. Nas décadas de 60 e 70 o enfoque foi gerencial. Nas décadas de 80 e 90 os sistemas eram voltados para a tomada de decisão, porém sem a concepção de integração total e de rede. Já no ano 2000 o conceito é de Sistemas Inteligentes aplicado com forte apoio das redes, agilizando a atualização das informações em todos os níveis da empresa, desde o operacional até o executivo. Neste contexto, cada época utilizou uma palavra-chave para descrever a evolução. Palavras-chave na evolução dos Sistemas de Informação at� os anos 2000. Anos 70 Anos 80 Anos 90 Anos 2000 Infraestrutura Integração Arquitetura Redes Processamento de dados Sistema de Informação Tecnologia da Informação Sistemas Inteligentes Apoiar negócios Executar negócios Transformar negócios Deixar o negócio competitivo. Wang (1998, p. 2) define Tecnologia da Informação como: "Uma força fundamental na remodelagem das empresas, por meio de investimentos em sistemas de informações e comunicações de modo que sejam promovidas vantagens competitivas, serviços à clientela e outros benefícios estratégicos". O termo Tecnologia da Informação serve para designar o conjunto de recursos tecnológicos e computacionais para geração e uso da informação. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia_da_informacao) A cada ano que passa as organizações investem mais e mais em tecnologia. Esse investimento visa obter uma maior agilidade em seus processos. Benefícios obtidos com a Tecnologia da Informação: Economias Diretas Redução de pessoal Redução de demora nos processos Ganhos de produtividade Ganhos mensuráveis Maior eficiência nos processos Maior qualidade nos trabalhos Maior Flexibilidade Ganhos não mensuráveis Maior rapidez nas tomadas de decisões Maior eficácia nas tomadas de decisões Você conhecerá as características dos Sistemas de Informações, compreenderá a diferença entre dados, informação e conhecimento, o que são informações, as suas origens nas empresas e o papel da gestão da informação como vantagem competitiva. Vamos iniciar o conteúdo compreendendo os conceitos de dados, informação e conhecimento. Em Sistemas de Informação (SI) esses termos podem ser facilmente confundidos. Segundo Davenport & Prusak (1998), dados são "um conjunto de fatos distintos e objetivos, relativos a eventos". Podemos definir dados como elementos que podem ser textos, imagens, símbolos ou registros sem muitos significados, ou seja, pode ser considerado a matéria-prima da informação, aquilo que, depois de tratado, se transformará em informação e depois em conhecimento. Davenport & Prusak (1998) descrevem informação como sendo uma mensagem, geralmente na forma de um documento ou uma comunicação. Como toda mensagem, ela tem um emissor e um receptor. Podemos considerar, então, informação como sendo dados organizados que produzem inferências lógicas. Vamos apresentar uma analogia para exemplificar. Imagine a seguinte situação: alguém vai lhe vender um computador e informa que a capacidade de armazenamento dele é 40gigabytes. Isso é uma informação ou um dado? O que você acha? Bem, isso depende. Depende do receptor, porque se a palavragigabyte fizer sentido para a pessoa que estiver ouvindo, então isso é uma informação. Caso contrário, isso apenas é um dado, por não ter significado algum para o receptor. As organizações precisam ser competitivas, por isso, elas devem utilizar todo o potencial de seus Sistemas de Informação. Para tal, a Tecnologia da Informação dá o suporte necessário para seu processamento e para responderem às transformações do ambiente empresarial. Esse cenário realça a importância da informação, uma vez que ela é a base do conhecimento organizacional. E o conhecimento? O conhecimento por sua vez representa a aplicação e o uso produtivo da informação coletada e trabalhada pelas Tecnologias da Informação. Por este motivo, a informação é indispensável para os sistemas de gestão das organizações. Podemos concluir, então, que uma informação é composta de dados, mas que um dado ou conjunto de dados não necessariamente gera uma informação para o receptor e que um conjunto de informações não produz conhecimento obrigatoriamente. Voltando ao contexto das organizações, as informações devem ser distribuídas como um todo, que por sua vez, quando compartilhadas, adquirem forma e geram novosconhecimentos. Lembre-se: informações são a base da gestão do conhecimento. A gestão do conhecimento é um campo multidisciplinar, cujos aspectos envolvem a gestão da informação, a Tecnologia da Informação, a comunicação interpessoal, o aprendizado organizacional, as ciências cognitivas, a motivação, o treinamento e a análise de processos. Trata-se de um enfoque integrado para identificar, capturar, gerenciar e compartilhar todo o ativo informacional das organizações, incluindo documentos, bases de dados e outros repositórios, bem como a competência individual dos trabalhadores (THIVES JR., 2000). Dentro das organizações a complexidade e o grande volume de informações manipuladas exigem o uso de tecnologias computacionais para facilitar seu processamento. Essa atividade é chamada de gestão da informação. A gestão da informação vem para auxiliar nas respostas das seguintes perguntas: Quais são as informações necessárias para o seu negócio? A informação flui de maneira satisfatória dentro da empresa? As pessoas que necessitam de informação sabem utilizar os meios disponíveis? Quem detém a informação na empresa está preparado para compartilhá-la com outras pessoas? O objetivo da gestão da informação é fazer com que as informações estejam disponíveis às pessoas no momento em que precisarem dela. Um processo que consiste nas seguintes atividades: - busca - escolha de fontes de informações confiáveis que se enquadrem nos critérios definidos pelo profissional da informação junto ao cliente; - identificação - utilizar informações relevantes que atendam as necessidades do cliente; - classificação - agrupar as informações de acordo com as características e propriedades identificadas para facilitar o tratamento e processamento; - processamento - tratar a informação, adequando-a ao melhor formato para facilitar o seu uso e a sua compreensão; - armazenamento - utilizando-se técnicas de classificação e processamento, armazenar as informações para facilitar o seu acesso quando necessário; - disseminação - consiste em fazer com que a informação chegue a quem dela precisa no momento certo. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/ Gestao_da_Informacao O Sistema de Informação, por outro lado, não se trata somente de computadores e máquinas automáticas. Ele envolve, também, as pessoas e a estrutura da empresa. As pessoas são os elementos principais de um Sistema de Informação. São elas que fazem uso da tecnologia e, seguindo as diretrizes da instituição, coletam e alimentam os dados e as informações nos sistemas gerenciais. A tecnologia apenas é o agente transformador e organizador das informações para serem utilizadas quando requeridas. As estruturas definem a forma como os Sistemas de Informação devem funcionar para atender as necessidades estratégicas da empresa, em todos os níveis de hierarquias. É importante lembrar que não existe um Sistema de Informação padrão. Diferentes necessidades exigem diferentes Sistemas de Informação, cada um com uma função específica. Tudo depende da atividade executada na empresa. Embora a caracterização básica dos Sistemas de Informação seja semelhante em todas as organizações, uma pequena empresa certamente utiliza um sistema diferente daquele de uma grande empresa com várias filiais. Da mesma forma, uma indústria possui necessidades de informação diferenciadas daquelas de uma organização comercial (loja ou distribuidor) ou de uma prestadora de serviços. Vantagem Competitiva é a vantagem que uma empresa tem em relação aos seus concorrentes, por exemplo, empresas que possuem as informações mais organizadas do que outras de forma que este fato agilize o atendimento a seus clientes. Para dar continuidade, é necessário ter claro o que os sistemas de informação representam para as empresas e para os profissionais que nela atuam. Conforme já vimos, o objetivo dos sistemas de informação em uma empresa é manter o fluxo, a organização e guardar os dados, além de fornecer os meios de suporte indispensáveis para que haja fluxo de informação e que esteja disponível quando necessário. Um sistema de informação é composto pela integração do processamento dos dados, ou seja, a entrada e registro de dados, a produção da informação, a geração dos relatórios de Gestão para que desta forma, atendam as diversas demandas de saída de dados e forneça vantagens competitivas . Agora que você já conheceu algumas características dos Sistemas de Informação, nesta aula você vai aprender um pouco sobre tipos de sistemas. Você conhecerá a integração entre os sistemas utilizados dentro de uma empresa, as vantagens e a importância de cada sistema para cada nível de gerência. Dessa forma, você perceberá o quanto a integração é importante para garantir que as decisões sejam fundamentadas na realidade, ou seja, em informações adequadas e fidedignas à realidade. Os primeiros sistemas desenvolvidos para substituir ações manuais por ações computadorizadas, também chamados de sistemas de processamento de dados, foram os Sistemas Transacionais ou Sistemas de Processamento de Transação (SPT). Depois disso, outros vieram, cada vez mais eficientes, tentando atender todas as necessidades organizacionais. Vamos ver alguns tipos. Tipos: Embora possa haver muitas maneiras de categorizar os sistemas, uma forma interessante é a que os classifica em: Sistemas Transacionais; Sistemas Gerenciais; Sistemas Executivos; Sistemas Especialistas; Sistemas de Apoio à Decisão. Sistemas Transacionais – SPT O processo inicial de informatização de qualquer organização é baseado fundamentalmente no desenvolvimento e na implantação de Sistemas Transacionais (SPT). Os sistemas operacionais, não integrados, atendem em geral a área administrativo-financeira, controlam, na maioria das vezes, o fluxo de informações financeiras. Os sistemas de folha de pagamento, contabilidade, controle de estoques, contas a pagar e a receber, faturamento, etc., são exemplos de Sistemas Transacionais. Muito embora esses sistemas só controlem o fluxo de informações operacionais, eles também disponibilizam informações para a tomada de decisão. Um exemplo disso pode ser um sistema de controle de estoques que fornece informações sobre a movimentação do estoque para o departamento de compras. Este departamento poderá, por meio dessas informações, tomar decisões sobre quais produtos deverão ser comprados e em que quantidade. Sistemas Gerenciais - SIG A evolução natural da informatização das organizações, após a implantação dos Sistemas Transacionais, é o desenvolvimento de sistemas que forneçam informações integradas e organizadas, provenientes de diversos Sistemas Transacionais. De um modo geral, os SIGs operam integrados com os Sistemas Transacionais para fornecer aos gerentes, informações mais resumidas para monitorar e controlar o desempenho geral da empresa e sobre o cumprimento dos objetivos operacionais. Esses sistemas também são utilizados no suporte e na tomada de decisões gerenciais de uma empresa. Sistemas Executivos - SIE Com base nos dados existentes nos Sistemas Transacionais, nos Sistemas Gerenciais e em informações coletadas de fontes externas à organização, é possível construir Sistemas de Informação dirigidos para a alta gerência. Esses sistemas permitem que o executivo tenha acesso a informações que sejam relevantes para controlar os fatores críticos de sucesso. As principais funções e características dos Sistemas Executivos são: - gerar mapas, gráficos e dados; - fornecer dados detalhados em relação ao mercado para auxiliar o processo de planejamento e de controle da organização; - permitir que o executivo se comunique com o mundo interno e externo por meio de interfaces (correio eletrônico, teleconferência, etc.); - oferecer ao executivo ferramentas de organização pessoal (calendário, agendas eletrônicas, etc.) e de gerenciamento de projetos, tarefas e pessoas. Sistemas de Apoio à Decisão - SAD Possuem funções específicas, não vinculadas aos sistemas existentes, que permitem buscar informações nas bases de dados existentes e delas retirar subsídios para o processo de tomada de decisão. Quando se fala em auxiliar o processo de tomada de decisão, isso não significa somente fornecer informações para apoio nas decisões, mas também analisar alternativas, propor soluções, pesquisar o histórico das decisões tomadas, simular situações, etc. Neste tipo de sistema, os gerentes podem fazer perguntas para obter informações que não estavam predefinidas. Por exemplo, esses sistemas podem simular e calcular o preço promocional de um determinado produto se o seu distribuidor lhe conceder um desconto médio de 5% e se suas vendas tiverem um aumento real de 10%? Esse é o tipo de informação fornecida pelos Sistemas de Apoio à Decisão. Para que um Sistema de Apoio à Decisão obtenha sucesso, continuidade e motivação para que as pessoas o utilizem é necessário que: - o modelo construído atenda as necessidades gerais da organização e não somente as necessidades específicas de um usuário; - eventuais mudanças na empresa devem ser realizadas rapidamente no sistema de forma que atenda as novas necessidades de informação para apoio à decisão; - informações sobre as decisões tomadas devem ser armazenadas e estar disponíveis para que outras pessoas as utilizem em novos processos de tomada de decisão; - a interface com o usuário deve ser a mais amigável possível; - a obtenção das informações, internas e externas à organização, deve ser imediata; - os benefícios da utilização de um SAD devem ser disseminados na organização por meio de cursos, palestras, entre outras formas de disseminação. Sistemas de Apoio à Decisão - SAD Possuem funções específicas, não vinculadas aos sistemas existentes, que permitem buscar informações nas bases de dados existentes e delas retirar subsídios para o processo de tomada de decisão. Quando se fala em auxiliar o processo de tomada de decisão, isso não significa somente fornecer informações para apoio nas decisões, mas também analisar alternativas, propor soluções, pesquisar o histórico das decisões tomadas, simular situações, etc. Neste tipo de sistema, os gerentes podem fazer perguntas para obter informações que não estavam predefinidas. Por exemplo, esses sistemas podem simular e calcular o preço promocional de um determinado produto se o seu distribuidor lhe conceder um desconto médio de 5% e se suas vendas tiverem um aumento real de 10%? Esse é o tipo de informação fornecida pelos Sistemas de Apoio à Decisão. Para que um Sistema de Apoio à Decisão obtenha sucesso, continuidade e motivação para que as pessoas o utilizem é necessário que: - o modelo construído atenda as necessidades gerais da organização e não somente as necessidades específicas de um usuário; - eventuais mudanças na empresa devem ser realizadas rapidamente no sistema de forma que atenda as novas necessidades de informação para apoio à decisão; - informações sobre as decisões tomadas devem ser armazenadas e estar disponíveis para que outras pessoas as utilizem em novos processos de tomada de decisão; - a interface com o usuário deve ser a mais amigável possível; - a obtenção das informações, internas e externas à organização, deve ser imediata; - os benefícios da utilização de um SAD devem ser disseminados na organização por meio de cursos, palestras, entre outras formas de disseminação. Comparação entre os sistemas Os Sistemas de Informação atuais devem atender todas as necessidades de uma empresa, desde áreas como recursos humanos até ao chão de fábrica. Os gestores das empresas só tomarão uma decisão apoiados em relatórios bem elaborados e com informação precisa. É de fundamental importância os funcionários estarem integrados ao ambiente e às políticas de trabalho da empresa para que o Sistema de Informação seja planejado e implantado na organização. Outro ponto importante é a responsabilidade na alimentação dos SIs com informações corretas. Você entende agora a importância dos Sistemas de Informação dentro das empresas? Percebe o quanto é importante você ter condições de se integrar a ele? Poder acessar as informações que são relevantes e estão disponíveis para seu trabalho? É muito importante para as empresas que esse sistema seja constantemente alimentado, atualizado por seus funcionários para que em momentos de decisão estes possam se basear em uma realidade bem atual. As empresas estão cada vez mais dependente das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Para que elas mantenham-se competitivas, precisam utilizar ao máximo suas competências e disponibilidades tecnológicas. Isso reforça a importância das informações no mundo corporativo e as evidenciam como base do conhecimento. O conhecimento, por sua vez, representa a aplicação e o uso produtivo da informação. Assim, juntos, informação, conhecimento e tecnologia, tornaram-se fundamental nos Sistemas de Gestão. No dia-a-dia corporativo, para otimizar a produção, a informação precisa ser distribuída pela organização para ser compartilhada, adquirida e trocada pelos colaboradores envolvidos para gerar novos conhecimentos. Existem várias práticas que integradas podem ser chamadas de Sistema de Gestão: - comunicação interna e externa; - controle financeiro; - plano de negócios; - planejamento estratégico; - controle de recursos humanos; - ferramentas de escritório. Para conhecer um pouco da evolução e da aplicação das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), vamos estudar um pouco a sua atuação na história da indústria automobilística. Nos anos 70, as montadoras descobriram que podiam faturar bilhões de dólares se automatizassem seus sistemas e interligassem os vários estágios que compõem a cadeia de fornecedores. Empresas comercializavam sistemas de controle de produção que vinculavam faturas de materiais ao estoque e ao setor de compras. Nos anos 80, as montadoras formaram consórcio com o propósito de fixar padrões que as interligassem aos principais fornecedores. Essa interligação eletrônica de dados propiciou o acesso direto entre os principais fornecedores com informações atualizadas em tempo real. Nos anos 90 houve a tentativa, por parte das montadoras, de conjugar um número maior de sistemas. A indústria automobilística utilizou proveitosamente essas tecnologias também e conseguiu melhorar bastante a velocidade de introdução de novos modelos, eliminando, assim, os modelos miniatura de argila e madeira. Atualmente, após a chegada da internet, toda a relação cliente/fornecedor é feita pelos padrões WEB que interligam todos os sistemas possíveis a partir de um custo bastante reduzido. Você estudará a origem do computador, sua evolução e suas aplicações, desde as primeiras calculadoras até a atualidade. Hoje, o modelo preferencial das empresas é o da administração digital, baseado em tecnologias, processos e trabalho colaborativo, pois permite às organizações maior agilidade e transparência. No entanto, para implantarsoftwares como Workflow, ERP e demais aplicativos que fazem parte da automação de escritórios, é necessário planejamento e metodologia específica. Só assim os sistemas se integrarão, reduzindo a burocracia, melhorando o ambiente de trabalho e trazendo bons resultados. A origem do computador A primeira geração de computadores, na década de 40, utilizava válvulas a vácuo e era extremamente difícil de programar. Essas válvulas falhavam com freqüência, assim, os computadores de primeira geração não funcionavam a maior parte do tempo. Em 1946, foi construído o ENIAC (Eletronic Numerical Integrator And Computer). Era enorme: tinha 18 mil válvulas e consumia 200 quilowatts de potência, o suficiente para alimentar 100 casas comuns. Suas inúmeras panes eram difíceis de detectar. O ENIAC era programado à mão: não havia uma linguagem de programação (a primeira bem-sucedida foi a Fortran, apresentada em 1954). Programar o ENIAC significava conectar e desconectar fios, ligando diferentes partes dos circuitos, num processo semelhante àquelas antigas mesas de operação telefônica. No final dos anos 50 surgiu a segunda geração dos computadores. Com consumo menor, passaram dos departamentos de física experimental para as grandes empresas. Daí para frente, a ordem sempre foi a mesma: miniaturizar. Depois do transistor, veio o circuito integrado. A velha fiação do ENIAC foi então substituída por caminhos impressos sobre base de silício. O desenvolvimento e barateamento desseschips permitiram que o computador diminuísse e ficasse mais rápido. Os computadores foram ganhando maior capacidade de processamento para atender as múltiplas necessidades de um público usuário cada vez mais amplo. Este público vem crescendo à medida que os comandos tornam-se mais acessíveis, com telas amigáveis, fáceis de usar (ex: comandos de arrastar e soltar). Isso disparou vertiginosamente a ascensão da microinformática. Supercomputadores são computadores ultra-rápidos, desenvolvidos para processar quantidades enormes de dados científicos. Por exemplo: um supercomputador IBM, desenvolvido para o Departamento de Energia dos EUA, pode executar 3 trilhões de instruções de programa por segundo e equipado com 2,5 terabytes de memória. Seu preço é de US$ 95 milhões. Mainframes são os chamados computadores de grande porte. Embora ainda em uso atualmente, perderam grande parte de seu mercado para os PCs. Nas próximas telas iremos estudar sobre Hardware eSoftware, portanto antes de darmos continuidade aos estudos é importante estar claro que o computador possui duas partes distintas, chamadas de hardware e software, o que o torna bem diferente de outras máquinas. Hardwarerepresenta a parte física do computador e software a parte lógica, ou seja, os programas do computador. Hardware Um computador é composto por diversos dispositivos, então podemos dividi-los em periféricos, processamento, armazenamento e memória. A figura ao lado mostra as divisões de um computador: Unidade Central de Processamento (CPU), ou simplesmente Processamento, que é subdividido em: Unidade de Controle Unidade Aritmética e Lógica Unidades de entrada e de saída ou simplesmente Periféricos. Unidade de memória principal ou simplesmente Armazenamento. Unidades de memória secundária ou simplesmente Memória. Hardware Os periféricos são os dispositivos responsáveis pela entrada ou saída dos dados que o usuário deseja trabalhar. Podemos classificar como periféricos de entrada mouse, teclado, scanner; como periféricos de saída monitor, impressora, caixas de som; e existem periféricos que realizam as duas tarefas como drives de gravador de DVD/CD, dispositivos que utilizam a porta USB (pen-drive, MP3, MP4, máquina digital, outros). PERIFÉRICOS DE ENTRADA E SAÍDA PERIFÉRICOS DE SAÍDA PERIFÉRICOS DE ENTRADA A CPU (Unidade Central de Processamento) é o componente que realmente processa os dados e também é o elemento fundamental para determinar o desempenho e a velocidade do computador. Atualmente, nos computadores de uso pessoal, a CPU compreende um único circuito eletrônico, extremamente complexo, que está no chip de silício. A CPU compreende a unidade de controle que localiza instruções na memória principal e determina o tipo da instrução; e a unidade aritmética e lógica que calcula operações necessárias para execução das instruções. As memórias são classificadas em dois tipos: a Memória RAM e a Memória ROM. Na Memória RAM (Random Access Memory/Memória de Acesso Aleatório) são gravados dados e programas durante o processamento. A RAM possui o inconveniente de ser volátil, isto é, se faltar energia elétrica, todos os dados armazenados são perdidos. A Memória ROM (Read Only Memory/Memória Somente de Leitura) é uma memória pré-gravada de fábrica, não permitindo gravação de dados adicionais. Esta memória contém as rotinas básicas para o início do funcionamento do computador, uma vez que, ao ligar o computador, a memória RAM está vazia. Armazenamento é o nome dado aos dispositivos que têm a capacidade de guardar os dados para que possam ser visualizados mais tarde. Podemos classificá-los em dispositivos de armazenamento local como HD (Hard Disk/Disco Rígido) e dispositivos de armazenamento removível como disquete, CD, DVD, chips (presentes em máquina digital, pen drive, MP3). CURIOSIDADE LEI N° 9.609, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 Art.1° Programa de computador é a expressão de um conjunto organizado de instruções em linguagem natural ou codificada, contida em suporte físico de qualquer natureza, de emprego necessário em máquinas automáticas de tratamento da informação, dispositivos, instrumentos ou equipamentos periféricos, baseados em técnica digital ou analógica, para fazê-los funcionar de modo e para fins determinados. Software Software é um conjunto de programas, procedimentos e documentação relacionados a um sistema de computador. Veja como os softwares podem ser classificados. Software Básico ou Sistema Operacional é o softwareutilizado como intermediário entre o hardware do computador e os outros tipos de software. Um computador não funciona sem um Sistema Operacional, que normalmente é armazenado no disco rígido do computador. Quando você liga um computador, os programas essenciais do Sistema Operacional são copiados para a memória principal, onde permanecem enquanto ele estiver ligado. O Sistema Operacional trabalha estritamente sobre o hardware e com os demais softwares, devendo todos funcionar de maneira harmoniosa. Exemplos de Sistema Operacional: MS-DOS, UNIX, Windows NT, Linux, Windows 2000, Mac Os, AIX, Windows 95 e 98, Novell, Windows Me, Solaris, Windows XP, Windows Vista, etc. Software aplicativo é o termo que se refere, geralmente, a todos os programas destinados ao uso direto na solução dos problemas relacionados com o usuário. Pode-se classificar o software aplicativo em aplicativos de uso geral (aplicativos horizontais) e aplicativos específicos (aplicativos verticais). Exemplos de software aplicativo: Microsoft Word, Microsoft Excel, Open Office, Jogos, Photoshop, CorelDraw, Antivírus, Windows Media Player, Flash, Mozzila, Internet Explorer. Softwares livres X softwares proprietários Segundo Richard Stallman, Software Livre, ou Free Software, é o software que pode ser usado, copiado, estudado, modificado e redistribuído sem restrição, devendo ser acompanhado por uma licença de software livre (como a GPL ou a BSD), e com a disponibilização do seu código-fonte. O Software Livre como movimento organizado teve início em 1983, quando Richard Stallman deu início ao Projeto GNU e, posteriormente, à Free Software Foundation. (Fonte: BR-Linux.org. Disponível em: http://br-linux.org/faq-softwarelivre. Acessado em 29/05/2011.) Já os softwares proprietários têm seus programas-fontes reservados e quem os criou investem pesadamente para atualizá-los. Sua comercialização está baseada em licenças de uso (BORGES, 2001). Aplicativos de software proprietários são chamados de SHAREWARE, pois têm direitos autorais protegidos, mas que podem ser utilizados por um período específico para avaliação. Você os experimenta antes da decisão de compra efetiva. Para continuar a utilizar o programa após o período de teste é necessário pagar a taxa de registro, caso contrário estará transgredindo a lei de direitos autorais. A Administração Digital valoriza a informalidade e as informações on-line, disponibilizando-as a quem precisa e melhorando a interatividade nas comunicações. Busca a desburocratização e exige certa infra-estrutura dehardware, software e rede para atingir uma boa integração. Ela vai além da automação de escritórios. A automação propriamente dita preocupa-se em trazer dados e informações atualizadas, para que se trabalhe de forma digital e on-line (em grupos de trabalho). Já a Administração Digital trata as informações como um todo, incluindo seus aspectos estratégicos, de interação com o mercado e de inteligência empresarial. Administração Digital A tecnologia de automação de escritórios (AE) está na camada intermediária entre a gestão superior (executivos) e a base da pirâmide, onde está o corpo técnico da empresa. Os usuários da automação de escritórios consistem basicamente em secretárias, técnicos de escritórios, assistentes administrativos ou profissionais cuja função seja, fundamentalmente, a de usar e manipular dados a fim de gerar informação (REZENDE, 2000). A Administração Digital permite ao executivo, além dossoftwares aplicativos existentes, utilizar softwares mais específicos, com um foco estratégico para tomada de decisões, como o BI (Busines Inteligence), Datawarehouse(armazenagem de dados), Datamining (mineração de dados), dentre outros que serão abordados nos próximos módulos deste curso. A automação de escritórios, portanto, é implementada com a utilização de vários aplicativos. O processo que o grupo de trabalho executa é colaborativo, em rede (groupware) e acessado on-line. Softwares empresariais Um exemplo de software empresarial são os do tipo sistema ERP (Enterprise Resource Planning). Um sistema de Gestão Integrada, em que os diversos departamentos da empresa estão contidos em um mesmo software, compartilhando informações de forma dinâmica. Sua implantação deve ser planejada, pois se trata de um sistema de elevado custo, que precisa alinhar-se aos objetivos da empresa. A metodologia de implantação também é fundamental, visto que não é fácil migrar de sistemas anteriores para um sistema integrado. A grande dificuldade está na adaptação das pessoas ao seu uso até total implantação, que pode levar em média um ano (depende do tamanho da organização e da quantidade de módulos utilizados). Percebe-se o ganho no uso dessa tecnologia a longo prazo: Os executivos de diversos níveis têm acesso mais fácil às informações para tomada de decisão; gastam menos tempo com atividades burocráticas. O impacto nas finanças não é visto de forma rápida e direta (como em sistemas de manufaturas, por exemplo), mas seu uso aumenta a agilidade e a transparência da companhia. Mundo de bits e bytes Os circuitos eletrônicos do computador entendem somente a indicação de que existe ou não corrente elétrica no circuito. Estas duas situações são representadas por dois valores: zero (0) e um (1). Esse sistema de dois símbolos é chamado de sistema binário, de onde vem o termo BIT, forma abreviada de dígito binário (Binary Digit). Um bit é a menor unidade de informação com a qual um computador pode trabalhar. Byte é a unidade de medida da memória do computador. O acrônimo de Binary Term (termo binário). Um byte é composto de 8 bits. A quantidade necessária de bits para representar um caractere (letra ou número) no sistema binário. Um byte, portanto, representa apenas uma pequeníssima quantidade de informação: a memória de um computador comporta muito mais e para expressar essa capacidade são utilizados múltiplos do byte, da mesma forma que, para expressar peso, por exemplo, utilizamos múltiplos da grama (quilo, tonelada, etc.). Mundo de bits e bytes Os circuitos eletrônicos do computador entendem somente a indicação de que existe ou não corrente elétrica no circuito. Estas duas situações são representadas por dois valores: zero (0) e um (1). Esse sistema de dois símbolos é chamado de sistema binário, de onde vem o termo BIT, forma abreviada de dígito binário (Binary Digit). Um bit é a menor unidade de informação com a qual um computador pode trabalhar. Byte é a unidade de medida da memória do computador. O acrônimo de Binary Term (termo binário). Um byte é composto de 8 bits. A quantidade necessária de bits para representar um caractere (letra ou número) no sistema binário. Um byte, portanto, representa apenas uma pequeníssima quantidade de informação: a memória de um computador comporta muito mais e para expressar essa capacidade são utilizados múltiplos do byte, da mesma forma que, para expressar peso, por exemplo, utilizamos múltiplos da grama (quilo, tonelada, etc.). Curiosidade: O mundo produziu cerca de três Exabytes de novas informações no ano de 2000, o que daria para cada habitante do planeta uma quantidade equivalente existente em 500 livros comuns de 300 páginas de texto e ilustrações ou dois disquetes. A quantidade de informação produzida no mundo dobra a cada ano, sem perspectiva de diminuir esse ritmo. A informação impressa corresponde a apenas 0,003% do total produzido no mundo (SIQUEIRA, 2001). Tabela de equivalência 8 bits são equivalentes a 1 byte 1024 bytes são equivalentes a 1 Kilobyte 1024 Kilobytes são equivalentes a 1 Megabyte 1024 Megabytes são equivalentes a 1 Gigabyte 1024 Gigabytes são equivalentes a 1 Terabyte 1024 Terabytes são equivalentes a 1 Petabyte 1024 Petabytes são equivalentes a 1 Exabyte Redes Uma rede de computadores é um conjunto de, no mínimo, dois computadores conectados entre si com o objetivo de compartilhar informações e também os recursos de hardware (por exemplo, uma impressora). Os tipos de redes são LAN, MAN e WAN. LAN (Local Area Network) é restrita a uma área geográfica próxima, como uma sala, um andar, um prédio ou mesmo um pequeno conjunto de prédios. MAN (Metropolitan Area Network) é uma rede com abrangência de alguns quilômetros, como a região geográfica de uma cidade ou um grande campus universitário. WAN (Wide Area Network) é uma rede na qual a abrangência se estende por grandes regiões, como estados ou mesmo países. Os principais componentes de uma rede são os meios de ligação ou mídia, dispositivos de acesso, computadores e um sistema operacional. Estes dois últimos itens já foram abordados anteriormente. Meios de ligação ou mídia compreendem o meio físico que interliga os computadores e por onde trafegam os dados. São os cabos que conectam os computadores. Os mais comuns são os cabos coaxial, cabo de par trançado e a fibra óptica. Também existem redes que não utilizam cabeamento físico, chamadas redes sem fio, que iremos ver em seguida. Dispositivos de acesso são as placas de rede, em que se conectam os cabos nos computadores. Em redes sem fio, esses dispositivos podem ser uma antena. Em uma rede de computadores, os computadores podem ser classificados em dois tipos: computador servidor (server) e computador cliente (client). Servidor é um computador, geralmente, de maior capacidade de processamento e memória. Sua função é centralizar e administrar os recursos de software e hardware compartilhados na rede. Cliente é o computador que acessa os recursos da rede. Tecnologia sem fio A tecnologia sem fio (wireless) a cada dia que passa torna-se cada vez mais presente no cotidiano das pessoas. O que, até então, eram equipamentos de elite, hoje se transformam em ferramentas de trabalho importantes para uma população numerosa. O telefone celular, com seus inúmeros planos de utilização (incluindo pré-pagos via cartão e pós-pagos com conta telefônica), é um grande exemplo de tecnologia sem fio que transformou as comunicações com imensa aceitação e repercussão. Com a importância crescente das comunicações sem fio, vários estudiosos formulam alguns preceitos, paradigmas e leis que orientam esse segmento, como a Lei de Cooper e a Lei de Moore. A Lei de Cooper, formulada por Martin Cooper, o inventor do celular, afirma que o número de transmissões de voz ou de dados que se consegue enviar pelo ar em todo o mundo dobra a cada 30 meses. Desta forma, em poucos anos poderemos ter aparelhos sem fio conectados à Internet de alta velocidade. A Lei de Moore, elaborada por Gordon Moore, um dos fundadores da Intel, afirma que o processamento dos microchips dobra a cada 18 meses e garante o barateamento e a popularização da tecnologia em escala jamais vista. De acordo com ela, você pode colocar hoje no bolso da camisa um computador de mão 100 milhões de vezes mais poderoso que o ENIAC. No futuro, acredita-se que os aparelhos sem fio serão variados, unindo diferentes dispositivos, dependendo do perfil do seu usuário. Câmera, tocador de música, navegador de Internet, palmtop, poderão ser encontrados em diferentes combinações, por meio de uma equação ainda não resolvida. Algo parecido com o computador transformar-se em um celular devido ao seu tamanho cada vez mais compacto e à sua possibilidade de enviar voz, além de dados ou, no caminho inverso, o celular transformar-se em um pequeno computador, pois estão cada vez mais inteligentes, absorvendo funções variadas. Como surgiu a Internet A Internet nasceu nas bases militares e foi para os ambientes acadêmicos. Depois de consolidada, partiu para as empresas, chegando aos lares e escolas. É impressionante como a rede tem se expandido vertiginosamente, dentro de um cenário globalizado. Década de 60 A história da Internet começou com um grupo da Força Aérea Americana, na década de 60, ao analisar os riscos de um ataque soviético. O grupo elaborou um estudo de como controlar e efetivar a defesa do ataque de mísseis e bombas, mantendo essas informações militares seguras, mas com a possibilidade de compartilhá-las com outros órgãos governamentais (LEINER, 1997). O resultado do estudo foi a Internet, seu objetivo inicial era a interligação dos computadores dos centros de pesquisa das Universidades da Califórnia de Los Angeles e Santa Bárbara, Universidade de Utah e o Instituto de Pesquisa de Stanford. A rede deveria permitir que, mesmo se algumas de suas partes fossem destruídas (diante de um possível ataque nuclear), os demais computadores continuassem se comunicando. Em setembro de 1969 ela entrou em funcionamento e ficou conhecida como ARPANET (Advanced Research Projects Agency Network). Além da segurança, outro aspecto enfatizado pela National Science Foundation (NSF), uma agência governamental norte-americana para o fomento científico, foi a ampliação de poder dos supercomputadores. Conectados, eles tornaram-se mais eficientes. Cientistas, pesquisadores e engenheiros podiam, então, acessar os supercomputadores a partir de seus escritórios e laboratórios. A Internet no Brasil A História da Internet no Brasil inicia-se em 1988, com a interligação de grandes universidades e centros de pesquisa do Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre aos Estados Unidos. Em 1989, o Ministério da Ciência e Tecnologia formou um grupo composto por representantes do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), da FAPESP (Fundação de Amparo Pesquisa do Estado de São Paulo), da FAPERJA (Fundação de Amparo Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) e da FAPERGS (Fundação de Amparo Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul) para discutir o tema. O projeto RNP (Rede Nacional de Pesquisa), pode ser dividido em três fases A Fase I da RNP, no período de 1991 a 1993, foi dedicada à montagem da chamada Espinha Dorsal (backbone). Em 1993, a RNP já atendia onze estados do país. A Fase II, a partir de 94, concentrou-se em ampliar a velocidade da rede, pois com o grande aumento de instituições conectadas percebeu-se que aplicações interativas não eram visíveis em velocidades inferiores a 64 Kbps. Montou-se, então, uma infra-estrutura bem mais veloz que a anterior e a RNP firmou-se como referência em aplicação de tecnologia Internet no Brasil. Em maio de 1995 iniciou-se a abertura da Internet comercial no Pa�s. Nesse período, a RNP passou por uma redefinição de seu papel, deixando de ser um backbone restrito ao meio acadêmico para estender seus serviços de acesso a todos os setores da sociedade. Com essa reorientação de foco, a RNP ofereceu um importante apoio para a consolidação da Internet comercial no Brasil. A Fase III denominada RNPII, conectando-se a iniciativa norte-americana Internet 2, será o assunto abordado ainda neste módulo, em Internet 2. Utilização e serviços da Internet A Internet é uma grande ferramenta de comunicação e, por isso mesmo, ela encontra-se nos mais diversos ambientes. Saiba mais sobre os termos utilizados na Internet, sua utilização e os serviços de comunicação disponíveis. Site O conjunto de páginas de determinado assunto ou endereço, um espaço definido na Rede Mundial de Computadores, criado, organizado, produzido e identificado com um determinado emissor (pode ser uma instituição governamental ou não, uma empresa ou até mesmo o espaço de uma pessoa). Home page É a página inicial de um site. O primeiro contato com o internauta. Por meio dela é que são oferecidas as demais opções de navegação para percorrer o site. Sites de busca Conjunto de páginas na Internet que permite e facilita a busca de assuntos de interesse do usuário. Ex.: Yahoo, Cadê, Altavista, Google. Esses sites indicam outros, relacionados com aquilo que você procura. Sites de conteúdo São os Ambientes Virtuais com as informações propriamente ditas, sobre os mais diversos assuntos. Ex.: site do SENAI SC, que apresenta tudo que você deseja saber sobre o SENAI (cursos, eventos, consultorias, etc.). WORLD WIDE WEB A Word Wide Web - WWW (teia de alcance global), é um sistema de busca e troca de informações desenvolvido no início dos anos 90 com o objetivo de simplificar e tornar mais ergonômico o uso da Internet. Ela compreende um sistema de hipermídia (hipertexto, imagem, áudio e vídeo) que permite a troca de informações de maneira transparente para usuários da Internet, mesmo com uso de plataformas (sistema operacional e hardware) diferentes. Para visualizar o ambiente web, é necessário umsoftware de navegação. Os navegadores (browsers) são programas que permitem acessar a Internet pelas páginas da web. BATE-PAPO É assim que se costuma chamar a conversa em tempo real pelo computador. Em alguns sistemas mais antigos de chat(conversação), a tela é dividida em duas. Cada parte contém o texto de um dos interlocutores. Novos sistemas permitem a criação de salas de conversa, inclusive pelas páginas da web. IRQ, ICQ, MSN São softwares específicos que permitem conversas em tempo real. Com o ICQ e o MSN, por exemplo, você adiciona nosoftware as pessoas com quem deseja manter contato. Cada vez que elas estão conectadas, o software lhe avisa, permitindo, assim, que você inicie o diálogo. GRUPOS DE DISCUSSÃO São listas ou fóruns para que um grupo de pessoas possa se inter-relacionar em função de um tópico ou assunto de interesse comum. As mensagens são enviadas para todos os integrantes do grupo, possibilitam a troca de idéias, registros e disseminação de informações. FTP Significa File Transfer Protocol, um protocolo de transferência de arquivos. Com ele, é possível efetuar cópias, baixando-as em seu computador (download) ou transferindo arquivos de seu computador para a Internet (upload), permitindo que outros usuários venham a baixá-los quando necessário. Domínio O Domain Name System - DNS (em português, Sistema de Nomes de Referências) cria uma hierarquia de domínios e é o coração da Internet. Cada endereço IP, na verdade, é constituído por quatro números divididos por pontos, como: 166.52.128.62, dificultando memorizar tais endereços. O DNS estabelece um nome de domínio, usando letras facilmente reconhecíveis. Ex.: www.yahoo.com.br. As últimas letras, br, identificam a sigla do país do domínio, quando não existem o endereço pertence aos EUA. E-MAIL O correio eletrônico (eletronic mail) é, sem dúvida, o serviço mais utilizado da Internet. Ele permite a troca de mensagens, que chegam quase que imediatamente, entre os usuários da rede. Para enviar uma mensagem, você precisa conhecer o endereço de e-mail do destinatário. Você reconhece os endereços eletrônicos pelo uso do símbolo @ (arroba). Geralmente, o endereço apresenta as seguintes indicações: joaodasilva@yahoo.com.br Intranets e Extranets As Intranets são redes privativas de empresas que utilizam a infra-estrutura de comunicação de dados da Internet para estabelecer comunicação interna ou com qualquer outra empresa conectada à Internet. Também utilizam o mesmo tipo de interface gráfica da Internet (protocolos de comunicação TCP/IP). Intranets e Extranets As Intranets são redes privativas de empresas que utilizam a infra-estrutura de comunicação de dados da Internet para estabelecer comunicação interna ou com qualquer outra empresa conectada à Internet. Também utilizam o mesmo tipo de interface gráfica da Internet (protocolos de comunicação TCP/IP). Benefícios da Intranet Melhor condução dos negócios. Manutenção de contato interativo com compradores. Maior eficiência na venda de bens e serviços. Integração dos recursos da corporação. Otimização nas operações e trabalho dos funcionários. Maior integração entre os profissionais.Disponibilização das informações para todos, a qualquer hora e em qualquer lugar. Maior agilidade nos negócios. Economia de capital. Virtualidade O conceito de virtualidade é utilizado na Tecnologia da Informação para descrever situações em que a comunicação ou o relacionamento não é feito de forma presencial e sim com equipamentos e tecnologias de comunicação que simulam esse contato e cujos exemplos encontram-se em organizações, comércio, educação e vários outros segmentos da sociedade. Organizações virtuais A virtualidade pode se manifestar na virtualização de uma empresa: os funcionários deixam de ter o contato face a face tradicional, trabalhando em um mesmo prédio, e passam a participar de uma equipe de teletrabalho, que utiliza uma rede de comunicação eletrônica e emprega recursos tecnológicos para favorecer a cooperação. Uma organização virtual deixa de investir em ambientes físicos concretos para administrar unidades distintas. Michael Dell, da Dell Computers, (EXAME, 1999) salienta que a Tecnologia da Informação está mudando drasticamente a maneira como as empresas fazem negócios. Ele diz que as empresas se transformarão em corporações virtuais. Lojas Virtuais Pela Internet são disponibilizadas informações sobre produtos, bem como mecanismos para sua aquisição e entrega. Surgiram em meados dos anos 90, nas lojas virtuais não há necessidade da presença física do comprador, nem do vendedor; não necessitam do manuseio de papel moeda e, tampouco, necessitam da mercadoria no momento da transação. Nas lojas virtuais, a relação ocorre entre um comprador e um sistema hospedado em um computador localizado em qualquer lugar do planeta.(Fonte: eCommerceOrg – Tudo sobre Comércio Eletrônico. Disponível em . Acessado em maio de 2011.) Aulas virtuais Os conteúdos são transmitidos por tecnologias específicas de educação eletrônica, assim como o acompanhamento do professor (usualmente chamado de tutoria). Pode-se empregar a Internet (e seus aplicativos, tais como videoconferência, chat, e-mails) e os CDs, dentre outros meios. Iremos ver mais sobre o assunto em educação on-line(EaD). Trabalho em casa Benefícios: flexibilidade de horário; eliminação do tempo perdido em transporte; redução com as despesas de manutenção das instalações físicas da empresa; estímulo com a proximidade da família e de amigos; aumento de produtividade. Desvantagens: facilidade de dispersão com outras pessoas e atividades domésticas; necessidade de muito auto-estímulo e elevado grau de organização; aumento da solidão e de estresse; falta de diferenciação entre espaço e tempo para o lazer e o trabalho; aumento da carga horária dedicada sem retorno financeiro equivalente; dificuldade com os sistemas de telecomunicação. Internet 2 A partir do lançamento do edital Projetos de Redes Metropolitanas de Alta Velocidade, em outubro de 1997, a RNP deu início a terceira fase do projeto, denominada RNP2. O objetivo foi incentivar o desenvolvimento de uma nova geração de redes Internet, interligando todo o país numa rede acadêmica de alto desempenho e conectando-se à iniciativa norte-americana Internet 2. Em maio de 2000, o ministro da Ciência e Tecnologia inaugurou o novo backbone RNP 2, o qual atinge os 27 estados da federação com capacidade de conexão de até 155 Mbps. A conexão Internet 2 foi estabelecida em agosto de 2001 através de um canal de 45 Mbps, cedido pelo projeto AMPATH. Desde janeiro de 2001, a RNP opera um link internacional de 155 Mbps, o qual será conectado ao principal backbone da Internet 2, o Abilene (RNP, 2008). Acompanhe a evolução da RNP através do site oficialwww.rnp.br. Democratização da informação Crianças, jovens e adultos têm olhos deslumbrados com a tecnologia. Buscam a mesma coisa: a aproximação pelo saber. Diferente da televisão, que dispersa (embora as pessoas estejam juntas), o computador integra. O fotógrafo Ricardo Teles, do projeto inclusão digital, descreve a emoção dessa busca: "No terminal, enquanto mãos de dois ou três meninos estão sobre o mouse, um deles grita: 'já sei como se faz!'. A todos ficam quebrando a cabeça para saber aonde se vai, despertados pelas possibilidades da informática. União. Todos querendo aprender juntos." O problema da exclusão Solucionar a exclusão digital não significa somente dar a cada pessoa um computador com acesso à Internet. Mais do que simplesmente ensinar a técnica da informática, o trabalho deve estabelecer pontes para aproximar mundos que, socialmente, encontram-se distantes. Neste horizonte que se descortina é possível vislumbrar o resgate mais importante do exercício da cidadania. A tecnologia, em si, tem o poder de amplificar o conhecimento. Pode também ampliar a diferença social em função da falta de acesso da população menos favorecida aos recursos tecnológicos. Por isso a necessidade de um trabalho consistente para evitar um cenário social com diferenças ainda maiores. Cenários No projeto de Inclusão Digital, da Microsoft Brasil, a visão dos cenários de atuação para tais esforços é bem eclética. Rio de Janeiro, em um cenário de morros, barracos, vias estreitas, drogas, polícia, bandidos e tiros, no morro Estácio, um menino de costas para o Pão de Açúcar abraça o Rio de Janeiro. Minutos antes, estava em frente a um computador, cercado de apostilas, decifrando o futuro. Ainda no Rio de Janeiro, num presídio de segurança máxima, um ex-ladrão afirma que agora sabe montar e desmontar um computador. Enquanto isso, conta o tempo que falta para ser solto e sonha com a liberdade. Cenários São Paulo, o panorama traçado engloba trombadinhas, trânsito, poluição, favelas, Rio Tietê. Na rua 13 de maio, no bairro do Bexiga, crianças e adolescentes dos bairros Campo Limpo e Jardim Ângela, da periferia paulista, montam no computador um jornal e discutem sexualidade, gravidez na adolescência e outros problemas de suas regiões carentes. Ceará, nessa região assolada pela seca, caatinga, desemprego e emigrantes, os trabalhos voltam-se para a troca de experiências com outras escolas, cujo objetivo é conhecer o Nordeste, depois o Brasil, criando uma corrente de saber. O surgimento da comunicação entre as pessoas por meio de computadores só foi possível após o surgimento das Redes de Computadores. Na aula anterior você aprendeu sobre a Internet e soube que é possível, por meio dela, realizar várias tarefas do cotidiano pessoal ou empresarial. Nesta aula conheceremos as diversas formas de comunicação existentes de groupware como: correio eletrônico ou e-mail, telefone e fax via Internet, editoração de página na rede, conferência de dados e voz, videoconferência, fóruns de discussão e bate-papos on-line As pessoas freqüentemente precisam interagir umas com as outras para que as coisas sejam feitas. E como você já sabe, a Tecnologia da Informação está mudando o modo como trabalhamos e estudamos juntos. Os sistemas colaborativos fornecem ferramentas para nos ajudar a participar – comunicando idéias, compartilhando recursos e coordenando nossos esforços de trabalho cooperativo, como membros dos muitos processos formais e informais e de equipes e grupos de trabalho de projetos que constituem muitas organizações de hoje. Groupware É um software que permite a múltiplos usuários compartilharem informações entre si e trabalharem juntos em diversos projetos, ou seja, um software de colaboração. O groupware destina-se a tornar mais fáceis a comunicação e coordenação das atividades dos grupos de trabalho e a cooperação entre os usuários finais, seja onde for que os membros de uma equipe estejam localizados. Assim, embora os pacotes de groupware forneçam uma variedade de ferramentas de software que podem realizar muitas tarefas importantes, a cooperação e a coordenação ente as equipes e os grupos de trabalho que eles propiciam são sua característica fundamental. Muitos analistas da indústria acreditam que a capacidade e o potencial da Internet, bem como das Intranets e Extranets, estão se dirigindo para uma demanda por ferramentas laborativas nos negócios. Por outro lado, são tecnologias da Internet como navegadores e servidores de rede, documentos e bancos de dados em hipermídia e Intranets e Extranets que estão fornecendo as plataformas de hardware, software, dados e redes para muitas das ferramentas de groupware para colaboração nas empresas desejadas pelos usuários (BRIEN, 2004). Correio eletrônico E-mail (eletronic mail) ou correio eletrônico está passando à frente do correio postal e até do telefone, como nosso principal meio de comunicação de longas distâncias. Isso tem se tornado uma realidade cada vez mais freqüente e é muito claro que como usuário ativo da Internet você passará nos meses e anos vindouros uma parcela crescente de sua vida lidando com e-mail. O e-mail é um importante meio para transmitir cópias eletrônicas de documentos, arquivos de dados, e conteúdo em multimídia. Teoricamente, seu provedor de serviços de e-mail deve ser um aliado ativo que faz bem mais do que passar mensagens de um lugar para outro. Ele deve ajudá-lo a organizar o armazenamento de suas mensagens, filtrar correspondências indesejadas, transferir arquivos, dar um aspecto elegante à sua mensagem e manter a privacidade de suas mensagens particulares. O lado negativo é a sobrecarga de informações provocadas por excessivas mensagens de diversas fontes. E mais ainda, o grande número de junk e-mail (correspondências descartáveis, também conhecidas como spamming), que está inundando as caixas de e-mail de muitos usuários. Muitas soluções estão sendo criadas para tentar minimizar esse problema, inclusive ações legais e restrições organizacionais ao uso do e-mail. Mas os especialistas concordam que o uso de software de e-mail com boas capacidades de gerenciamento será a primeira linha de defesa de todo usuário (BRIEN, 2004). Telefone e fax via Internet A Internet não é mais utilizada apenas para enviar e-mail e "surfar" na rede. Ela está se tornando um meio de comunicação de baixo custo e praticamente universal, ajudando a enviar fax, recuperar correio de voz e transmitir conversas bilaterais. Você pode agora usar a Internet para serviços de telefone, correio de voz, fax e pagers. Tudo que você precisa é um PC devidamente equipado e software como o Internet Phone, ou Netscape Conference, ou ainda Microsoft Netmeeting. Muitas empresas agora oferecem serviços unificados de mensagem que captam sua correspondência por voz, fax e e-mail em uma única caixa postal na rede (ou escritório virtual) que você pode acessar com seu navegador. Por uma tarifa adicional, você pode ser chamado por pager quando chegam novas mensagens (BRIEN, 2004). Pager, um dispositivo eletrônico que precedeu a tecnologia dos telemóveis e era usado para contactar pessoas através de uma rede de telecomunicações. (Fonte: Wikipedia. Disponível em . Acessado em maio de 2011.) Editoração de página na rede Pode ser considerada como uma importante ferramenta de comunicação eletrônica para colaboração entre pessoas, entre empresas ou entre pessoas e empresas. Uma empresa que queira divulgar seus serviços e produtos na web, por exemplo, poderá contratar um profissional adequado para desenvolver um site que conterá todas as informações necessárias sobre ela. Um escritor poderá utilizar um serviço de blog disponível na web para divulgar seu livro e para receber comentários e elogios de seus leitores. Um funcionário de uma empresa que deseja inserir notícias no site também pode cadastrar essas informações por meio de um sistema web. As pessoas podem realizar cadastro de currículos na Internet para que fique disponível às empresas e sempre que desejarem poderão voltar e alterar as informações (BRIEN, 2004). Conferências de dados e voz As conferências de dados e voz geralmente são realizadas em conjunto pois costumam ser usadas ao mesmo tempo nas situações de trabalho. As conferências por voz recorriam anteriormente a sistemas de speaker-phone (fonte-falante), mas agora podem ser realizadas com Módulos de Navegação como o NetscapeConference ou o Microsoft Netmeeting e outros softwares egroupwares de telefone via Internet. Esses pacotes suportam conversas telefônicas pela Internet ou Intranet entre um PC e outros PCs em rede habilitada para voz A conferência por dados é também conhecida comowhiteboarding (ou quadro branco). Nesse método, um pacote conecta dois ou mais PCs pela Internet ou Intranet para que uma equipe possa compartilhar, marcar e revisar um whiteboard de desenhos, documentos e outros materiais exibidos em seus monitores. Assim, todos podem visualizar o mesmo documento ou imagem gráfica em seus PCs, marcá-lo em tempo real com ferramentas de pintura e desenho, destacar e salvar o documento anotado no banco de dados de seu projeto (BRIEN, 2004). Videoconferência A videoconferência é uma ferramenta de colaboração nas empresas e cursos que possibilita conferências de vídeo e áudio em tempo real entre PCs em rede (conhecidas como videoconferências eletrônicas) ou em salas, ou auditórios de reuniões em rede em diferentes locais (chamadas teleconferências). Em ambos os casos, a colaboração entre equipe e empresas pode ser ampliada com uma classe inteira de comunicações interativas em vídeo, áudio, documentos e whiteboards. Software de videoconferência eletrônica como o CU-seeMe da White Pine e o Proshare da Intel são líderes no mercado. As sessões são realizadas em tempo real, com os principais participantes sendo televisados enquanto os participantes em locais distantes apenas podem participar com perguntas e respostas em voz. Pode também consistir no uso de televisão em circuito fechado para alcançar pequenos grupos, em lugar do uso de transmissão televisiva para alcançar grandes grupos em múltiplos estabelecimentos. Videoconferência A videoconferência tem sido usada em eventos, reuniões, vendas, lançamentos de novos produtos e treinamento de funcionários. Vem se tornando uma maneira eficiente, econômica e eficaz para apoiar as comunicações e a colaboração entre equipes e grupos de trabalho ou estudos fisicamente deslocados. A redução do tempo e dinheiro com viagens para participar de reuniões resulta em maior produtividade da equipe bem como em economias de custo e tempo (BRIEN, 2004). Fóruns de discussão Permitem ao usuário colocar textos e fazer download de arquivos de dados e programas além de fornecer um fórum para discussões de textos on-line por membros de grupos de usuários de interesses específicos na Internet e em grandes serviços on-line. Podem ser utilizados pelas empresas para criar ou incentivar comunidades de interesse ou comunidades virtuais. Clientes, fornecedores, potenciais clientes, representantes de empresas e outros podem desenvolver um contato que fortaleça suas relações e lealdade para com uma empresa e seus produtos. Os membros da equipe podem pedir e fazer comentários, publicar mensagens, analisar documentos e até votar e tomar decisões on-line. Os fóruns de discussões são uma ótima ferramenta para colaboração quando realmente não é preciso reunir uma equipe, mas deseja-se incentivar e compartilhar a contribuição de cada membro na equipe do projeto. Um exemplo prático seria uma empresa utilizar groupware de fóruns de discussões para monitorar o grupo de discussão de atendimento ao cliente que ela criou na Internet. Um representante de vendas poderia selecionar apenas as contribuições à discussão do funcionário de um determinado cliente da empresa para avaliar o feedback dado ao cliente. Ou um analista de atendimento ao cliente poderia criar um grupo de discussão virtual (BRIEN, 2004). Sistemas de bate-papo O bate-papo permite que duas ou mais pessoas mantenham conversas on-line em tempo real por texto principalmente, mas hoje em dia, já aceitam áudio e imagens. Com ele, você pode conversar e compartilhar idéias interativamente digitando seus comentários e vendo as respostas na tela do seu monitor. Há diversos softwares disponíveis que oferecem o serviço, mas destacam-se as salas de bate-papo (chat room) que podem ser encontradas na Internet, como no site da América Online. Ou ainda softwares como MSN, ICQ que permitem que o usuário tenha seus contatos prediletos adicionados em uma lista ou IRC (Internet Relay Chat) que permite ao usuário criar a sua própria sala de bate-papo. As salas de bate-papos também estão sendo adicionadas aos sites como mais uma maneira de incentivar a participação e colaboração de clientes ou funcionários e até mesmo para suporte (BRIEN, 2004). Ferramentas de administração do trabalho em colaboração Ajudam as pessoas a executar ou administrar juntas atividades de trabalho por meio de: agendamento e programação – utilizar agendas eletrônicas e outros dispositivos de groupware para programar, notificar e lembrar automaticamente os membros de equipes e grupos de trabalho dotados de computadores em rede sobre reuniões, compromissos e outros eventos; gerenciamento de atividades e projetos – administrar projetos de equipes e grupos de trabalho por meio de programação, acompanhamento e mapeamento da situação de execução das atividades de um projeto; sistemas de fluxo de trabalho – ajudam os trabalhadores do conhecimento conectados em rede a colaborarem para realizar e gerenciar o fluxo de tarefas de trabalho estruturadas e o processamento eletrônico de documentos em um processo empresarial; gerenciamento do conhecimento – organizar e compartilhar os diversos formulários de informações administrativas dentro de uma organização. Inclui o gerenciamento de bibliotecas de documentos de projeto e da empresa, bancos de dados de discussão, bancos de dados em multimídia em sites e outros tipos de bases de conhecimento (O´BRIEN, 2004). Educação on-line Este Módulo trata de um tema que tem tomado conta das salas de aula: a tecnologia, cada vez mais presente, utilizada por professores e alunos como ferramenta complementar para as atividades curriculares. Também é uma ferramenta que ganha um destaque todo especial em casos como da educação a distância, em que ela representa uma interface muito amigável entre alunos, colegas e professores. Quais são as mídias que se adaptam a cada caso? Quem efetivamente participa dessa comunidade acadêmica conectada? Saiba, além disso, como evoluiu a informática no Brasil e também como a Educação a Distância cresceu no país, adaptando-se a novas realidades, condutas e tecnologias que vêm acompanhando uma sociedade globalizada em constante evolução. nova relação com o saber A partir do século XIX, com a ampliação do mundo, com a progressiva descoberta de sua diversidade, com o crescimento cada vez mais rápido dos conhecimentos científicos e técnicos, o projeto de domínio do saber por um indivíduo ou um pequeno grupo tornou-se cada vez mais ilusório. É hoje evidente, tangível para todos, que o conhecimento passou definitivamente para o lado do não-totalizável, do indominável (LEVY,1999). No ciberespaço, o saber não pode mais ser concebido como algo abstrato ou transcendente. Está se tornando cada vez mais evidente (e até tangível em tempo real) uma comunicação direta, interativa, via correio digital, fórum eletrônico, ou outras formas de comunicação por mundos virtuais (KLEIS, 2001). Tecnologias intelectuais favorecem novas formas de acesso à informação, como: navegação hipertextual, caça de informações por meio de motores de procura, agentes de software, exploração contextual por mapas dinâmicos de dados, novos estilos de raciocínio e conhecimento, tais como a simulação, uma verdadeira industrialização da experiência de pensamento, que não pertence nem à dedução lógica, nem à indução a partir da experiência. Como essas tecnologias intelectuais, sobretudo as memórias dinâmicas, são objetivadas em documentos numéricos (digitais) ou em softwares disponíveis em rede (ou de fácil reprodução e transferência), elas podem ser partilhadas entre um grande número de indivíduos, incrementando, assim, o potencial de inteligência coletiva dos grupos humanos (LEVY,1999). World Wide Web propagou-se como pólvora entre os usuários da Internet para tornar-se, em poucos anos, um dos principais eixos de desenvolvimento do ciberespaço. Talvez isso não expresse mais do que uma tendência provisória. Mas, pelos links que ela lança para o resto da rede, pelos cruzamentos ou as bifurcações que propõe, constitui-se também numa seleção organizadora, um agente estruturante, uma filtragem desse ambiente. Na web, tudo está no mesmo plano e tudo está diferenciado. Suas páginas expressam as idéias, os desejos, os saberes, as ofertas de transação de pessoas e grupos. Atrás do grande hipertexto está borbulhando a multidão e suas relações (LEVY,1999). EaD - Educação a Distância Na sociedade do conhecimento, o desenvolvimento científico e tecnológico vem criando nos educadores a necessidade de adotar modelos de ensino que atendam as profundas mudanças que afetam a sociedade neste início de milênio, em que a crescente perspectiva de diversificar os espaços educacionais revela um aprendizado sem fronteiras. Em relação às universidades, a Educação a Distância possibilita a discussão e também ações para a melhoria da qualidade dos cursos oferecidos no mundo inteiro, integrando-os com o setor produtivo. Assim, a Educação a Distância pode ser considerada como uma alternativa para democratizar o acesso à educação e distribuir o conhecimento localizado, ainda, em alguns centros de excelência. EaD - Educação a Distância Na educação tradicional, professor e aluno encontram-se na sala de aula numa mesma hora e lugar. Na Educação a Distância, professor e aluno estão separados geograficamente e, algumas vezes, também temporariamente, pois são introduzidos no processo, meios de comunicação artificiais. A utilização da Educação a Distância , é por sinal, bastante antiga: muitos autores comentam que teve início em 1881, na Universidade de Chicago, a qual oferecia um curso de hebraico por correspondência. Dessa época em diante, tal método de ensino foi se aprimorando por meio do emprego de diversas ferramentas pedagógicas, que dependiam de alguns fatores como, por exemplo: as características dos alunos e dos professores, do tipo de curso ministrado, da distribuição geográfica entre escola e alunos, da tecnologia disponível e da relação custo-benefício. Na EaD os professores e alunos podem estar separados no tempo. Em relação a isso, são duas as categorias de Educação a Distância: momentos síncronos – requerem a participação simultânea de estudantes e docentes; momentos assíncronos – não exigem a participação simultânea de estudantes e docentes. Os participantes têm maior liberdade de escolha quanto ao local, hora e material de estudo, podendo selecionar os mais adequados às suas necessidades. São mais flexíveis que os momentos síncronos. Novas tecnologias da informação permitem e facilitam novas formas de interação com conteúdos, agora passíveis de serem organizados e estruturados de modo não-linear, navegáveis, oferecendo ao educando diversas opções de caminhos que poderão ser percorridos de acordo com seus interesses ou necessidades específicos. Novas tecnologias de comunicação permitem e facilitam também novas formas de interação entre pessoas. As pessoas interagem por meio da integração e combinação de três tipos de comunicação: - de um para muitos, típica dos sistemas de rádio e televisão; - de um para um, típica dos sistemas postal e de telefonia; - de muitos para muitos, sem dúvida o grande recurso oferecido especificamente pela comunicação mediada por computador. Conhecendo as mídias Material impresso: a Educação a Distância utilizava, no início, exclusivamente a mídia impressa. Mesmo com a evolução de meios com mais recursos de comunicação e interação, o livro, o artigo, a apostila e o texto ainda são fundamentais na educação, tanto a distância como presencial. Televisão e o vídeo: o emprego pedagógico destes meios pode motivar mais educandos e educadores, oferecendo outras visões sobre os temas trabalhados pelo curso. Teleconferência: trata-se de um programa de televisão transmitido ao vivo, no qual os espectadores interagem com os participantes do estúdio fazendo perguntas e intervenções por telefone, fax ou correio eletrônico. O educador fica em um estúdio de televisão e fala ao vivo, em tempo real, para a audiência.